23/02/2012


Assustado com a quantidade de escorpiões na região, o vigia Célio dos Reis resolveu juntar os animais que ele conseguiu capturar dentro da casa dele. Em 10 meses, foram mais de 200 aracnídeos. O problema não é só comum a ele, mas a todos os moradores do bairro Niterói, no município de Atílio Vivacqua, no Sul do Espírito Santo. A prefeitura informou que não há remédio e a orientação é que os quintais fiquem limpos.

Célio acredita que ninguém tem mais escorpiões que ele. “É muito perigoso, não só porque eu escuto as pessoas falarem, mas porque eu já fui picado e doeu muito", enfatizou. A esposa do Célio, Patrícia Zampire já encontrou um escorpião dentro do tênis do filho, de dois anos. “Meu marido já foi picado três vezes e poderia ter sido o meu filho agora", disse.


Segundo os moradores, os escorpiões surgem em terrenos baldios, com mato alto e entulhos. Alguns dizem que nem todos os vizinhos se preocupam com a limpeza. Apesar dos moradores afirmarem que os bichos aparecem muito no local, a secretária de Saúde de Atílio Vivácqua, Andreia Fávero, disse que não há registro considerável de picadas de escorpião na cidade.




A advogada de Lindemberg Alves, Ana Lúcia Assad, entrou, na quarta-feira (22), com um recurso no Fórum de Santo André (ABC Paulista), pedindo a anulação do júri que condenou o jovem à prisão pelo assassinato da ex-namorada dele, Eloá Pimentel, em 2008.

A defensora também pediu, na mesma solicitação, a redução da pena de reclusão de 98 anos e 10 meses de prisão dada para seu cliente.


Ana Lúcia Assad afirmou que irá apresentar a argumentação para o recurso de apelação quando o documento com as solicitações chegar ao Tribunal de Justiça de São Paulo. A defensora afirmou que embasará o pedido alegando que houve “cerceamento de defesa”.

- Estou pedindo que seja feito um novo julgamento para Lindemberg. Grande parte dos meus requerimentos durante os quatro dias de julgamento foram indeferidos pela juíza sem uma razão clara.
O Tribunal de Justiça informou que ainda não recebeu o recurso de apelação da defesa de Lindemberg. Quando isso acontecer, os dois pedidos (anulação de pena e redução do julgamento) serão avaliados por três desembargadores.


16/02/2012




Uma minúscula ave cantora, pesando o correspondente a apenas duas colheres de sopa de açúcar, se revelou uma verdadeira maratonista dos ares, ao cobrir, em sua rota migratória, do Ártico à África ida e volta, uma distância de até 29 mil quilômetros, afirmaram cientistas.
O tamanho do pequeno pardal, conhecido como chasco cinzento ou chasco do monte ('Oenanthe oenanthe') pesa apenas 25 gramas, mas os biólogos que catalogaram o pássaro insetívoro de plumagem marrom e branca ficaram impressionados com seu desempenho em voo.
Eles prenderam minúsculos geolocalizadores, pesando apenas 1,2 grama, às patas de 46 avezinhas no Alasca e na Ilha de Baffin, no nordeste do Canadá.
As aves do Alasca passaram o inverno na África antes de voltar para casa, uma viagem correspondente, em cada trecho, a cerca de 14.500 km, voando em média 290 km por dia.

Eles sobrevoaram a Sibéria e o deserto arábico, rumo ao Sudão, a Uganda e ao Quênia, uma jornada que levou cerca de 91 dias na ida a e 55 dias na volta.

Um pássaro catalogado, procedente da ilha de Baffin, sobrevoou o Atlântico Norte, pousou na Bretanha, e seguiu para o sul, cruzando a Europa continental, o Mediterrâneo e o Saara para passar o inverno na costa da Mauritânia, no oeste da África, levando 26 dias para ir e 55 para voltar em uma viagem de 7.500 km, aproximadamente.

"Estas são rotas migratórias incríveis, particularmente para aves deste tamanho", declarou Ryan Norris, da Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá.

"Pense em algo menor do que um tordo (nr: espécie de pássaro pequeno), mas um pouco maior do que um tentilhão, que cresce na tundra ártica e alguns meses depois se alimenta na África para o inverno", acrescentou.

O estudo será publicado na edição desta quarta-feira do jornal Biology Letters, um periódico da Royal Society, academia britânica de ciências.

Aves com maiores envergaduras, tais como o cuco e o albatroz, são conhecidas por suas migrações transcontinentais, mas este estudo dá evidências de que uma ave cantora é capaz de fazer o mesmo, afirmaram os cientistas.

"Considerando seu tamanho, esta é uma das maiores migrações, ida e volta, de qualquer ave no mundo e traz à tona questões sobre como uma ave deste tamanho consegue dar conta de jornadas tão exigentes fisicamente duas vezes ao ano, particularmente para os indivíduos jovens que migram sozinhos", acrescentaram.

15/02/2012

ISSO AINDA VAI LONGE

Alguem saiu ganhando nessa história


A falsa gravidez de quadrigêmeas da moradora de Taubaté, no interior de São Paulo, desmascarada no início do ano, virou piada nacional e também uma das fantasias mais procuradas da 25 de Março, no centro da capital. "Não esperava toda essa procura", diz Pierre Sfeier, dono da rede de lojas Festas e Fantasias, na Ladeira Porto Geral. Assim que a mentira foi descoberta e a história caiu na boca do povo, o empresário percebeu que esse poderia ser um dos sucessos do carnaval. Mandou fabricar a réplica do barrigão e vestidos estampados e coloridos, parecidos com os usados pela pedagoga Maria Verônica Aparecida César Santos.
A barriga é de plástico bem leve. "Pegamos metade de bolas gigantes de Natal fabricadas para decoração de shopping centers e juntamos aos vestidos compridos, com ‘seios’ fartos", explica Sfeier. Foram feitas 500 fantasias. Até ontem, foram vendidas 250 unidades a R$ 90 cada. Até o carnaval, Sfeir acredita que o estoque estará zerado. Outro adereço procurado pelos foliões são as máscaras de Valéria e Janete, personagens do humorístico Zorra Total, da TV Globo, a R$ 6,50 cada. Para completar o look, a peruca vermelha desgrenhada da "bandida" sai por R$ 38. As informações são do jornal

08/02/2012

VEJA NO QUE DEU POR EMPRESTAR UM CARTÃO DE CRÉDITO

 QUE ISSO SIRVA DE EXEMPO PENSE 2 VEZES ANTES DE FEZER ISSO

Uma situação muito comum e constrangedora: quando um amigo ou parente pede emprestado o cartão de crédito. Muitas vezes, a história acaba mal. Foi o que aconteceu em Campinas. Duas amigas - ou ex-amigas - agora se enfrentam na Justiça, por causa de um favor que virou uma dívida enorme: de R$ 9 mil!

Um dia pra se arrepender. Em junho do ano passado, Iraide emprestou o cartão de crédito para a amiga Edna e agora vive um tormento. Edna não quitou a conta e, quase oito meses depois, a dívida triplicou. Por sua vez, Edna acha que a outra está exagerando na cobrança de juros.


A conciliadora Juliana dos Santos visita a empregada doméstica Iraide, na casa onde vive com a irmã e dois filhos adolescentes. Iraide conta que primeiro fez amizade com Carla, filha de Edna. Carla já tinha usado o cartão de crédito da amiga uma vez, para comprar peças de automóvel e um notebook. Como os pagamentos vinham sendo feitos em dia, Iraide não se incomodou quando Edna, a mãe, também pediu o cartão emprestado.


Foi aí que começou o problema. Iraíde diz que Edna ficou uma semana com o cartão e saiu gastando, sem pena. Além das compras de mês no supermercado, Edna levou para casa um guarda-roupa de R$ 1.500. Ela também parcelou celular e máquina fotográfica para os filhos. Uma conta de R$ 2.774.


Mas em julho, quando chegou a fatura com a primeira parcela de R$ 1 mil...


“Desde o primeiro mês, ela nunca pagou a fatura completa”, conta Iraíde.


A dívida de R$ 2.700 disparou para R$ 9 mil. Edna se assustou com os juros. Embora não saiba quanto pagou até agora, e não tenha comprovantes, ela estranha o valor da conta.


Iraide nega que esteja cobrando além do devido. Em novembro, ela perdeu a paciência.

Iraide conta que, ainda em novembro, negociou com o banco um parcelamento: 18 prestações de R$ 531. Sem dinheiro, Edna jogou a toalha: há quase três meses não paga um centavo.

06/02/2012

Seu celular foi roubado? Veja o que pode ser feito para bloqueá-lo e diminuir o prejuízo
O Brasil alcançou em 2011 um número recorde de linhas celulares habilitadas no país, que são agora mais de 242 milhões. Com tantos aparelhos sendo usados, é cada vez mais comum ouvir histórias de pessoas que tiveram celulares roubados e perdidos. Mas você sabe o que deve fazer quando isso acontece? O UOL Tecnologia traz a seguir algumas dicas para quem, infelizmente, passou ou passará por essas situações.

Desde 2000 existe um cadastro único que registra aparelhos que foram roubados, com o objetivo de impedir que sejam habilitados com novas linhas. O Cemi (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), no último dia de dezembro de 2011, tinha cerca de 1,9 milhão de aparelhos bloqueados – número bem baixo se considerarmos os 242 milhões de linhas celulares no país.

Assim como você tem um R.G, seu aparelho celular tem um número único de identidade no mundo, chamado de IMEI (International Mobile Equipment Identity). É com esse número que é possível bloquear seu aparelho: o problema é que ele está, geralmente, atrás da bateria do celular (impossível de ver depois de ser roubado) ou na nota fiscal (que você guardou em alguma gaveta e nem sabe mais onde está).

Então, se você está lendo esse trecho do texto, pare tudo e corra atrás do seu IMEI. Deixe anotado em um local de fácil acesso (dica: envie um email para si mesmo com o seu IMEI).

Desde abril de 2010, para cadastro no Cemi não é mais preciso apresentar o Boletim de Ocorrência à sua operadora. No primeiro contato, a empresa faz um bloqueio temporário. Para torná-lo permanente, você deve comparecer a uma loja da operadora e assinar um termo de responsabilidade em até 48h do comunicado da perda, furto ou roubo ou, se preferir, encaminhar o B.O à empresa (no Estado de São Paulo, ele pode ser feito pela internet em caso de furto ou perda).

Bloqueio da linha

Antes de bloquear o aparelho, a primeira atitude a ser tomada é bloquear a sua linha de celular – isso impede, no caso de donos de linhas pré-pagas, que o ladrão gaste todos os seus créditos. No caso de linhas pós-pagas, a conta mensal ainda será enviada para você, mas pelo menos quem ficou com seu celular não gastará a franquia do seu plano.

Cada operadora tem um procedimento próprio para o bloqueio da linha, mas em geral ele pode ser feito por telefone pelo serviço de atendimento ao consumidor (não se esqueça de anotar sempre o protocolo de atendimento). Veja abaixo cada caso específico:

Em caso de roubo, furto ou perda do aparelho celular, o cliente deve entrar em contato imediatamente com o Serviço de Atendimento ao Cliente da Claro, pelo número 1052, de qualquer telefone e solicitar o bloqueio da linha ou, ainda, realizar a suspensão da linha pelo site da Claro, na seção Minha Claro. O bloqueio também pode ser feito nas lojas.

Para clientes Claro Conta, a Claro permite que o cliente adquira novo aparelho no valor referente ao plano contratado caso já tenha cumprido, no mínimo, seis meses da carência vigente. Neste caso, o cliente deve entrar em contato com o Serviço de Atendimento da operadora e, posteriormente, apresentar o boletim de ocorrência na loja. Ele também deve estar adimplente e não ter participado da Política de Perda e Roubo nos últimos 12 meses.

No entanto, é preciso ficar atento ao prazo para reativação da linha bloqueada – afinal, pode se tratar de um número que você tem há muito tempo – que varia de 60 a 150 dias dependendo da operadora.
GREVE NO ESTADO DA BAHIA
O número de mortos na Bahia causado pela onda de violência após a greve da Polícia Militar subiu para 93 na manhã desta segunda-feira (6), segundo o último boletim divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado. Só nesta segunda, foram registrados quatro homicídios.

Os números são contabilizados desde o início da greve da Polícia Militar, no dia 1º de fevereiro. O recorde de homicídios ocorreu no dia 3, quando foram registradas 32 mortes no Estado.

Nesta manhã, um
ônibus escolar foi incendiado no centro industrial, em Salvador, durante a onda de violência por causa da greve. O coletivo seguia para Lauro de Freitas, na região metropolitana, com crianças e adolescentes, quando começou a pegar fogo.

Todos deixaram o ônibus antes que a situação piorasse, mas ninguém ficou ferido. A onda de violência assusta os moradores da Bahia há sete dias. Os policiais grevistas estão acampados na Assembleia Legislativa do Estado e cerca de 1.000 homens do Exército cercam o local.

No local, policiais militares grevistas acampam, junto de suas famílias, desde 31 de janeiro. O objetivo do Exército é cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local, para, então, desocupar o prédio.


Além do Exército, homens da Caatinga e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades. Segundo o tenente-coronel Cunha, ainda não há previsão de início para ação.

O abastecimento de energia elétrica do edifício foi cortado, por volta das 19h deste domingo (5), e as tropas federais fecharam o entorno da Assembleia, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército e helicópteros. A iluminação de alguns pontos do prédio e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados apenas em casos de emergência.

Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF), que chegaram a Salvador para cumprir os mandados de prisão, mas avisam que responderão a eventuais atos de violência com violência.

Os grevistas não aceitam a proposta do governo, que é de 6,5% de aumento, retroativo ao salário de janeiro de 2012.




 

05/02/2012

Cinema & Deba


CURTINDO A VIDA ADOIDADA

 Dirigido por John Hughes.
Elenco: Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Jeffrey Jones, Jennifer Grey, Cindy Pickett, Lyman Ward, Charlie Sheen, Edie McClurg e Kristy Swanson.
Roteiro: John Hughes.
Produção: John Hughes e Tom Jacobson.
[Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido ao filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].
Os filmes adolescentes eram uma verdadeira febre nos anos oitenta, talvez porque as produtoras perceberam que os jovens formavam a grande parte do público que freqüentava os cinemas. Apesar disto, a quantidade de bons filmes voltados para este público era bem superior ao que vemos atualmente, como atestam a deliciosa aventura “Os Goonies”, a magnífica trilogia “De Volta para o Futuro” e comédias muito divertidas como este “Curtindo a Vida Adoidado”, que, com seu protagonista carismático e situações muito divertidas, conquista imediatamente o espectador.
Ferris Bueller (Matthew Broderick) é um aluno bastante popular na escola, que decide matar aula para curtir um belo dia de sol ao lado da namorada Sloane Peterson (Mia Sara) e de seu melhor amigo Cameron (Alan Ruck). Sua desculpa, porém, não engana o diretor Ed Rooney (Jeffrey Jones), que tenta de todas as formas descobrir suas falcatruas, e nem mesmo sua irmã Jean (Jennifer Grey), que também tenta atrapalhar seus planos.
Escrito, produzido e dirigido por John Hughes, “Curtindo a Vida Adoidado” é uma comédia adolescente leve, que representa bem o gênero que o próprio Hughes se especializaria em dirigir posteriormente. Repleta de boas idéias e piadas divertidas, a narrativa tem um ritmo ágil, essencial para agradar seu público alvo, o que é mérito também da montagem dinâmica de Paul Hirsch. Ciente do que queria, Hughes explora muito bem situações conhecidas pelo espectador mais jovem, como aquelas intermináveis aulas chatas que nos fazem quase babar nas mesas escolares, exatamente como acontece com os personagens que, letárgicos, assistem ao professor repetir insistentemente o nome de “Bueller”, mesmo vendo sua cadeira vazia. Partindo desta premissa, uma atitude até comum (pelo menos na minha geração) como “matar aula” serve de ponto de partida para um dia inesquecível, repleto de situações inusitadas, sempre lideradas pelo carismático protagonista. Ferris convida seu grande amigo Cameron para passar o dia ao seu lado, num momento divertido em que ficam evidentes os métodos alternativos que eles utilizam pra matar aula e até mesmo o estado de espírito de cada um. Enquanto Cameron vegeta em seu quarto embalado por uma trilha sombria, Ferris toma uma bebida em sua cadeira de praia, acompanhado por uma trilha bem suave. Depois, após uma hilária ligação, Ferris arma uma situação e consegue a companhia da namorada Sloane. Está montado o cenário para um dia inesquecível.
Sempre num contexto cômico, Hughes faz ainda algumas referências a outros personagens importantes do cinema, como “Alien” e “Dirty Harry”, que, aliás, faz Rooney se encher de orgulho ao ser comparado com o personagem durão de Clint Eastwood. Além disso, o diretor dá total liberdade para que seu protagonista quebre constantemente a quarta parede ao falar com a câmera e se dirigir a platéia, num artifício narrativo que nos surpreende e nos faz rir, além de fugir da abordagem realista ao inserir tópicos escritos na tela, por exemplo. Mas apesar da direção eficiente, é na força da atuação de Matthew Broderick que o longa se sustenta. Carismático, o ator cria um personagem adorável desde os primeiros minutos em cena, que se tornou um símbolo dos jovens em sua época. Os adolescentes queriam ser Ferris Bueller. Mimado pelos pais, Ferris é o verdadeiro bon vivant, capaz de criar inúmeras situações para curtir seu “dia de folga”, sempre driblando aqueles que tentam impedi-lo. E apesar de algum exagero, as armações de Ferris – como na cena do restaurante e a fita gravada em seu quarto – funcionam muito bem, provocando o riso no espectador.
Além de seu carismático protagonista, “Curtindo a Vida Adoidado” conta ainda com coadjuvantes adoráveis, como o medroso e engraçado Cameron, interpretado por Alan Ruck, que é quem mais se transforma na narrativa, criando coragem para enfrentar o pai e levar a vida mais na boa, inspirado pelo amigo Ferris. Revoltado, ele extrapola e acaba detonando a Ferrari do pai, em outro momento bastante engraçado. Interpretada pela graciosa Jennifer Grey, Jean, a irmã de Ferris, tem a função narrativa de criar dificuldades para Ferris e inserir um pouco de suspense na trama, mas sempre de maneira leve e descontraída. Apesar disso, Grey constantemente aparece séria, demonstrando irritação com o irmão, até o momento em que encontra um garoto drogado (Charlie Sheen, em participação hilária) na delegacia e muda de comportamento – e Grey se sai muito bem após o beijo, demonstrando a empolgação da garota. Vale destacar ainda Jeffrey Jones, que faz do diretor Ed Rooney um personagem adoravelmente atrapalhado em sua tentativa de soar ameaçador.
O clima leve da narrativa é reforçado pela fotografia clara do bom Tak Fujimoto, que explora bem o dia ensolarado em que se passa a trama para empregar um visual bastante alegre e coerente com o espírito do longa. Também colaboram as roupas coloridas de Ferris e seus amigos (figurinos de Marilyn Vance) e a trilha sonora agitada de Arthur Baker, Ira Newborn, John Robie e Yello, que pontua muito bem o empolgante dia do trio, como quando eles saem da escola na Ferrari do pai de Cameron após enganarem o diretor, acompanhados pela trilha cheia de adrenalina, ou quando eles visitam o museu, acompanhados pelo som de músicas clássicas. A trilha acerta ainda na escolha de músicas infalíveis, como “Twist and Shout”, dos Beatles, que mexe o esqueleto de qualquer um e faz o espectador se sentir bem enquanto assiste ao filme.
Com esta atmosfera jovial, “Curtindo a Vida Adoidado” conta ainda com um arsenal de piadas criativas, como os efeitos sonoros do teclado que imitam a tosse do “doente” Ferris, que sensibilizam seus colegas de escola e dão início ao engraçado movimento “Save Ferris”. Entre tantos momentos memoráveis, vale destacar também a hilária conversa telefônica entre o diretor Rooney e o suposto Sr. Peterson, em que a câmera demora a revelar Cameron do outro lado da linha, fazendo com que o espectador pense que o diretor de fato está falando com o pai de Sloane. Finalmente, na corrida desesperada de Ferris pra casa já no final, torcemos muito por ele, ainda que tenha matado aula e enganado a todos, justamente pelo inegável carisma do personagem. Após os créditos, Ferris ainda brinca com câmera, usando a metalingüística de maneira bastante divertida.
Criativo e cativante, “Curtindo a Vida Adoidado” é um filme despretensioso sobre um personagem igualmente despretensioso. Ferris não tem grandes aspirações, não se preocupa com os problemas ao seu redor e só quer saber de se divertir. Certamente, ele não poderá viver assim pra sempre. Por isso, trata de aproveitar enquanto pode. E seu dia de diversão acabou se transformando em algo muito maior: um clássico do cinema nos anos 80.
Texto publicado em 13 de Outubro de 2011 por Roberto Siqueira
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Resumo: Este artigo discute a segurança pública no Brasil mostrando que os traficantes fornecem à população serviços que são obrigações do Estado. Ressalta também que a pobreza não é condicionante da criminalidade e que não existe medida mágica para solucionar o problema, mas que são necessárias medidas conjugadas como combate à corrupção nas polícias, no judiciário, criação de conselhos comunitários, investimentos em tecnologia para melhorar a investigação e ainda agilizar os processos judiciários.

Palavras-Chaves: Segurança / violência /corrupção / criminalidade / solução.



A segurança pública no Brasil é uma das maiores preocupações da população e, em virtude do aumento vertiginoso da violência, tem sido explorada e debatida pelas entidades governamentais e não governamentais no sentido de buscar uma solução que resolva esta questão, a qual, sem dúvida alguma, está entre as primeiras necessidades de qualquer ser humano.

" Uma das principais causas da escalada da violência reside no aumento da sensação da impunidade, aliado ao fato de o Estado abandonar determinadas áreas, que ficam à mercê de quem resolve deter o poder para dominá-las, instalando ali um verdadeiro poder paralelo. " ( D'Urso, 2002. P. 52).

Os problemas de segurança pública são muitos e várias são as suas causas. O Estado, como afirma D'Urso, deixou de fornecer à população direitos básicos para que possam viver com dignidade, como hospitais, escolas, lazer e saneamento básico, principalmente para a parcela mais pobre da população que vive nas periferias dando oportunidade ao crime organizado para se instalar com estrutura empresarial e oferecer estes serviços aos moradores que ficam à mercê de bandidos perigosos e poderosos que os manipulam, como também fascinam os agentes responsáveis por combatê-los, em virtude do enriquecimento fácil. É inegável que o crime organizado que comanda principalmente o tráfico de entorpecentes e, conseqüentemente de armas, exerce papel relevante nesse contexto de violência no qual o Brasil está inserido, pois é através desse "comércio" que um verdadeiro exército paralelo foi arregimentado a serviço do crime. O crime antes um ato isolado e solitário, agora está organizado, e como não há crimes e sim uma diversidade de crimes, não existe uma única causa para esse universo heterogêneo da criminalidade e sim várias.

Dentre as causas institucionais Ramos (2002, p. 96) cita algumas: "o judiciário não funciona, os policiais civis e militares não trabalham em harmonia com os promotores que não atuam em conjunto com o judiciário". Já para Soares (2003, p. 7) "a violência não está associada apenas à ampliação do mercado de drogas, mas à ação na cena pública para interferir nas decisões dos poderes e na opinião pública." O que se observa nas grandes cidades além da atividade criminosa dos traficantes é o comprometimento de órgãos públicos, corrupção de juízes e promotores, envolvimentos de parlamentares e membros do poder executivo, além de integrantes das polícias violentos e cúmplices. O que ocorre na realidade é um duplo despotismo: o do tráfico e o de membros de órgãos responsáveis pelo combate ao crime que se deixam corromper. A sociedade vive sob o domínio do medo e do constrangimento imposto pela dupla tirania. Há uma cumplicidade entre traficantes e alguns membros do poder público que se corromperam e alcançaram um acordo. " ... o crime não é mais uma entidade paralela. Ele penetra as instituições públicas." (SOARES. 2003, p. 8).

Outros fatores normalmente associados ao aumento da criminalidade são a pobreza e a miséria, a marginalidade dos centros urbanos e os processos migratórios. Entretanto, é necessário perceber que ser pobre não torna ninguém criminoso e que a delinqüência é encontrada em todas as classes sociais. Pobreza e desigualdade são e ao mesmo tempo não são condicionantes da criminalidade. Depende do tipo de crime, do contexto intersubjetivo e do horizonte cultural.

Nenhum fator apontado como causa da criminalidade age sozinho ou diretamente sobre o indivíduo. Os valores assimilados desde a infância, o modo como a realidade é interpretada por cada um, a necessidade de sobrevivência é que autoriza ou inibe ações violentas. É evidente que o meio influencia, principalmente em lugares onde o crime organizado é o poder reconhecido e respeitado. Alie-se a isso o fato de que nos bairros pobres as escolas são ruins e às vezes inexistentes, as condições de atendimento à saúde são precárias, há poucas ou nenhuma área de lazer e as chances de profissionalização e ascensão econômica são ínfimas.

Desse modo, as oportunidades de haver envolvimento com gangues, drogas e armas são maiores. Por exemplo, o tráfico de armas não é cometido por pobres, já o varejo de drogas é um crime típico de periferias, cometido por jovens ociosos, viciados e sem esperanças que se deixam envolver pela fantasia de benefícios financeiros que valorizam sua auto-estima e seu sentido de poder, embora ilusória, como podemos constatar pelos noticiários de televisão que mostra a quantidade de jovens, adolescentes e até crianças envolvidos com atos criminosos, principalmente aqueles ligados ao tráfico de drogas.

Todo esse quadro caótico de violência no qual está inserida a sociedade brasileira nos leva a questionar se o problema da violência tem solução ou se o caos instalado é irreversível. ''Não existe uma medida mágica eficaz, que possa representar a solução para o problema. O que existe são medidas que conjugadas, poderão resultar numa reação ao crime organizado, enfrentando-o." (D'URSO. 2002, p. 8). É necessário romper esta ligação da polícia com o crime. Isto é pré-condição para o enfrentamento da criminalidade. Aliado ao combate à corrupção há a necessidade de se ampliar o policiamento preventivo, fardado, ostensivo e investigativo de modo a otimizar o trabalho para coibir o cometimento do delito. Em sendo cometido o crime, há a necessidade de investigá-lo com recursos suficientes, e para tal há de se dotar a polícia de meios para exercer o policiamento, com homens e recursos materiais e de meios para a investigação, dotando as polícias do que existe de mais avançado em tecnologia para auxiliá-la no combate ao crime.

Ainda no âmbito governamental há a necessidade de equipar as secretarias de segurança pública dos estados com tecnologia moderna dotada de uma rede de informações e de troca de dados entre elas. Além de que é necessário ainda se ter pessoas que entendam de segurança pública na direção dessas secretarias para que possam imprimir políticas de combate à criminalidade que sejam realmente eficazes. Finalmente, é imprescindível criar penitenciárias federais em locais inóspitos com o objetivo de transferir os detentos considerados de alta periculosidade a fim de afastá-los de sua área de domínio, dificultando assim seu contato com os que estão em liberdade.

No âmbito judiciário tem-se a necessidade de mudanças em nossas leis penais, para que, ao invés de inspirar impunidade (dado o tempo de tramitação de processos que se arrastam por anos, o que dá à população a sensação de que certas leis protegem mais aos criminosos que os cidadãos) inspire cada vez mais riscos à atividade criminosa e ao criminoso em potencial, isto é, o criminoso deverá ter certeza de que o risco de ser pego, julgado e condenado é grande.


Aliado a todas essas medidas que devem ser tomadas em conjunto, deve ser somado um plano dos governos federal, estadual e municipal e entidades civis no sentido de implementar a geração de empregos e renda, investir na educação, criando mais escolas e proporcionando a permanência das crianças nas instituições escolares dando-lhes condições de continuar seus estudos sem precisar abandoná-los, investindo na saúde, aumentando a quantidade de hospitais, médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde. Há também a necessidade de investimento na área habitacional possibilitando aos pobres o acesso à moradia digna. É importante ressaltar que os problemas da segurança pública também devem envolver toda a sociedade. A começar pelo controle que esta deve exercer sobre a polícia, a justiça e sobre si mesma.

Concluo dizendo que é preciso coragem e determinação política, governamental e da sociedade brasileira para que sejam implementadas as medidas propostas. Esta é uma luta que necessita de um esforço conjunto, um direcionamento comum, por parte de diferentes segmentos governamentais numa articulação entre os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e da sociedade em geral, pois só assim conseguiremos, de forma sustentável, impor limites às pressões cotidianas da violência.

04/02/2012

FALSA GRAVIDA


O advogado de defesa da pedagoga Maria Verônica Aparecida, de 25 anos, que ficou conhecida em todo o Brasil após apresentar uma falsa gravidez de quadrigêmeos, divulgou nesta segunda-feira (30) em Taubaté, cidade do interior paulista, uma foto de sua cliente sem a barriga de silicone e os enchimentos.

"Eu tirei essa foto no meu escritório assim que saímos da delegacia, na sexta-feira passada. Acho que, assim, a gente resolve mais um capítulo dessa história, que era mostrar a Maria Verônica sem a barriga", afirmou o advogado Enilson de Castro.

Segundo o advogado, Maria Aparecida continua reclusa e sob efeito de medicamentos. A pedagoga tem contato diário com psiquiatras e vem apresentando melhora significativa no quadro.

Em depoimento no 2º Distrito Policial do município, no bairro da Estiva, na sexta, a mulher alegou que forjou a gestação em razão de problemas psicológicos e porque seu sonho era ter uma filha.

""Ela estava dentro de um mundo de fantasias e, agora, começa a sair dele. Minha preocupação, agora, é preservar a minha cliente para que ela possa seguir adiante"", disse o advogado. Ele disse esperar que a Justiça arquive o caso.

""Não há mais falsidade ideológica, já que ela assumiu publicamente não estar grávida, e também não há estelionato, já que estamos devolvendo tudo o que ela ganhou"."

O marido de Maria Verônica, o metalúrgico Cléber Eduardo, já devolveu os R$ 520 doado pelos colegas de trabalho, informou o advogado dele, Marcos Leite. Cléber mantinha uma lista com os nomes e os valores doados. O advogado apresentou um recibo que comprova a devolução do dinheiro.

Gravidez
A mulher chamou a atenção da cidade ao aparecer com uma enorme barriga e dizer que estava grávida de quadrigêmeos. Todos os familiares ficaram felizes com a chegada das quatro meninas, as Marias, que já tinham até enxoval. O parto, segundo Verônica, estava previsto para acontecer na segunda quinzena de janeiro.

A polícia começou a investigar o caso após declarações de um médico que atendeu a mulher no segundo semestre de 2011 e afirmou que, na ocasião, ela não estava grávida.

O advogado da educadora assumiu a farsa na madrugada do dia 20 de janeiro. Segundo Enilson de Castro, sua cliente usava "uma barriga de silicone" com enchimentos. Ele afirmou que a mulher não desmentiu a gravidez antes por causa da grande repercussão que o caso tomou.

03/02/2012

Certamente você já escutou frases como "Não contavam com a minha astúcia!", "Foi sem querer querendo", "Isso, isso, isso…", "Era exatamente o que eu ia dizer" e "Meus movimentos são friamente calculados". Essas e tantas outras frases, que fazem a alegria tanto de crianças quanto de adultos, foram criadas por Roberto Gómez Bolaños, o intérprete dos famosos personagens Chaves e Chapolin Colorado.
O Chaves é um dos principais personagem criado por Bolaños


Roberto Bolaños nasceu na
Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929, e desde então sua vida esteve quase que sempre ligada ao mundo artístico, já que o seu pai era ilustrador de jornais e pintor. Apesar disso, Bolaños resolveu estudar e se formar em Engenharia Elétrica, porém, não chegou a exercer esta profissão.

O incio no mundo artístico




Aos 22 anos, Bolaños conseguiu emprego em uma agência mexicana, para trabalhar como redator publicitário, e daí para a carreira de roteirista de TV, rádio e cinema, foi um pulo. Entre o final da década de 1950 e a primeira metade dos anos 60, ele se destacou bastante como roteirista de dois programas de sucesso na televisão mexicana, que foram "Cómicos y Canciones" e "El estudio de Pedro Vargas", conquistando o primeiro lugar de audiência.

Foi nessa mesma época que ele ganhou o apelido " Chespirito", dado pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, que comparava os textos de Bolaños aos de Shakespeare (daí vem o apelido, que era a forma diminutiva de Shakespeare em espanhol).

Chapolin Colorado
Contratado por um canal de TV mexicano em 1968, Bolaños participava de um programa semanal de 30 minutos, e o sucesso foi tanto que a série ganhou mais meia-hora de duração e passou a se chamar Chespirito. Nascia ali a carreira de ator para ele, que começou a introduzir na série alguns dos seus personagens que se tornariam muito famosos a seguir.



No início dos anos 70, o personagem Chapolin Colorado, uma espécie de anti-herói, surgiu no programa. Logo a seguir, apareceu o Chaves, um garoto pobre e órfão, de 8 anos de idade, que morava em uma vila. O sucesso veio rápido e poucos anos depois, os programas do Chaves e do Chapolin já eram exibidos em vários países latinos.

No Brasil, eles estão no ar desde o ano de 1984, exibidos pelo SBT, que recentemente recuperou alguns episódios perdidos.

Outras atividades
A turma do Chaves fora da Tele



Além de atuar nas séries televisivas, Roberto Bolaños produziu, escreveu, dirigiu e atuou em cinco filmes, escreveu peças teatrais, telenovelas e também atuou como compositor. Quase todas aquelas músicas cantadas nos episódios de Chaves e Chapolin, foram compostas por ele.






Vida pessoal

Florinda Meza é a atual esposa de Roberto Bolaños










Roberto Bolaños é atualmente casado com Florinda Meza, atriz que interpretou a "Dona Florinda" e a "Pópis", do seriado Chaves, além de diversas personagens femininas nos programas produzidos pelo marido. Eles se casaram em 2004, e vivem na Cidade do México.

 

 

 

 

01/02/2012

Afastados já chegam a 16, "limpa" é tida como mal necessário.

Para analistas, Dilma Rousseff age com rapidez, mas perfil de gestora pode gerar mais atritos com a base aliada.

Mais três pessoas foram demitidas ontem por causa das denúncias de superfaturamento e corrupção no Ministério dos Transportes - um funcionário da própria pasta e outros dois da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A. O número de pessoas que já foram exoneradas ou afastadas desde o início de crise chegou a 16, e vai aumentar ainda mais. Pelo menos mais uma demissão já é esperada: a de Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária, ligado ao PT. Para analistas, a "limpa" no ministério causa atritos na governabilidade, mas é fundamental.

Do Ministério dos Transportes foi exonerado ontem, a pedido, Eduardo Lopes, que tinha cargo comissionado e é ligado ao secretário-geral da PR, Valdemar Costa Neto (SP). Da Valec - órgão público que executa as obras ferroviárias do governo federal - foram exonerados Cleilson Gadelha Queiroz, gerente de Licitações e Contratos, e Pedro Ivan Guimarães Rogedo, que tinha cargo comissionado de assessor.

Gadelha é dono da FC Transportes, empresa com sede em Brasília, que faz transporte de materiais. O governo investiga suspeita de que a empresa seria subcontratada de empreiteiras com contratos públicos. Desde o início da semana, Gadelha estava na mira do Palácio do Planalto.

Na terça-feira (19), o governo já havia exonerado outros seis servidores, alguns deles ligados ao ex-ministro Alfredo Nascimento - um dos primeiros a cair - e ao deputado Valdemar Santos Neto (PR-SP). O diretor-geral do Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, já foi afastado, mas oficialmente continua no cargo, pois está de férias.

Agilidade

Para os analistas ouvidos pela Agência Estado, a ampla base aliada e a consequente disputa por espaço no governo obriga a presidente Dilma Rousseff (PT) a agir rapidamente e impor critérios técnicos para as indicações de cargos no Planalto. Se por um lado o estilo da presidente pode incomodar os aliados, a petista pode sair mais fortalecida com o apoio da opinião pública. "Esse apoio pode blindá-la de alguma forma, mas ela precisa tomar cuidado porque a base pode se desgastar", avaliou o cientista político e professor do Insper Carlos Melo.

Os analistas concordam que, ao tomar medidas drásticas na pasta, a presidente tenta não repetir a crise que se arrastou por quase um mês no episódio envolvendo o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci. "Ela está dando respostas rápidas para não perder o embate com a opinião pública, principalmente com a classe média, que é um setor sensível a essas questões", disse o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, pesquisador da PUC e FGV de São Paulo.

Para Carlos Melo, a crise vivida no governo Dilma indica o fracasso do modelo de presidencialismo de coalizão que vem desde o governo José Sarney, onde o presidente tem a maioria no Congresso e distribui os cargos entre os aliados. "Ou a presidente parte para um rearranjo ou vai ficar administrando conflitos na base o tempo todo", afirmou.

Na opinião do cientista político Rubens Figueiredo, o país agora tem uma administradora que age de forma republicana, ao contrário de Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela está agindo da maneira correta, como um presidente republicano agiria. Há muito tempo, denúncias nos meios de comunicação não tinham consequências. Com Dilma, as coisas voltaram ao seu curso normal", elogiou.

Atrito na base

Por outro lado, a "limpa" pode prejudicar a relação entre governo e sua base, uma vez que a presidente não tem o perfil contemporizador. "Nem tudo que faz bem para o país é bom para o governo", alertou Figueiredo. Com uma base aliada tão ampla, os cientistas políticos preveem mais embates e novas oportunidades de Dilma








   
   
   
   
   
   
   
 

Os quatro policiais militares de Santa Catarina flagrados tirando fotos com uma escultura da Cow Parade, no centro de Florianópolis, foram identificados e afastados, segundo informações da Polícia Militar. O flagrante aconteceu em novembro de 2011, junto à escultura instalada em frente ao Mercado Público de Florianópolis, segundo a PM, e foi divulgado na segunda-feira (30) na internet

A PM está tomando providências para que todos os envolvidos, inclusive o fotógrafo, sejam ouvidos, para depois aplicar a punição necessária. Os PMs responderão a processo administrativo.

A mostra Cow Parade, que reúne vacas esculpidas em fibra de vidro espalhadas em diversos pontos da cidade, começou em novembro de 2011 em Santa Catarina e terminou em janeiro de 2012. . As esculturas são expostas em espaços públicos com visitação gratuita
Golias botou medo em todo o exército do Rei Saul (Gracindo Jr.) até ser derrotado pelo jovem Davi (Leandro Leo), no capítulo desta terça-feira (31) de Rei Davi (Record).

Intérprete do temido gigante da cidade de Gate, o ator Atalaia Nunes é diferente do grandalhão da história bíblica: é tranquilo, ao contrário de seu personagem.

Nascido em Nova Iguaçu, na Grande Rio, Atalaia já fez outros trabalhos na TV, mas considera o terrível gigante o papel mais importante de sua carreira.

Solteiro aos 31 anos, ele tem a malhação como hobby e apenas intensificou a rotina na academia para ser Golias.

O ator, de 1,93m, precisava de duas horas e meia para encarnar o grandalhão. Depois da caracterização, ganhava alguns centímetros, lentes de contato, dentadura, barba e muita virilidade.

Segundo ele lutar contra Golias foi bem tranquilo. O sol estava escaldante, a armadura era muito pesada, mas, tirando isso, gostei muito. Foi gostoso.

 

Tenho 1,93m, mas para gravar Golias, usava alguns truques e fiquei mais alto. Nas cenas, eu apareço com 2,05 m, mais ou menos. Usei uma bota plataforma com 15 cm e, nas cenas, trabalhamos os ângulos para parecer ainda mais alto.

O povo me chama de monstro, de gigante. Não me incomodo com isso. Até me conhecem como monstro por aí. Eu vou nas festas e as pessoas já chegam falando: "e aí, Monstro, tudo bem?" disse ele.