18/01/2012

 O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, disse nesta quarta-feira (18) que, se ficar comprovado que a pedagoga Maria Verônica Aparecida César Santos, de 25 anos, mentiu ao dizer que está grávida de quadrigêmeas, o marido dela pode responder por falsidade ideológica. Isso por que ele registrou um boletim de ocorrência no qual confirma a gravidez. A pena para o crime pode chegar a quatro anos de prisão, de acordo com Lima. 

A policia entrou no caso porque o marido foi se queixar de um jornalista que a estaria perturbando. Ao dar a informação, ele afirmou que a mulher está grávida. Se não for verdade, ele pode responder por falsidade ideológica.

Já Maria Verônica, só responderá criminalmente se alguém que se sentiu lesado pela falsa história prestar queixa contra ela. Ainda assim, explica o delegado, a polícia vai avaliar se é uma questão criminal ou civil.

- A mentira por si só não crime, mas se prejudicar outras pessoas, é. Por exemplo, se ela pediu auxílio financeiro para alguém por causa da suposta gravidez e ficar provado quem deu o dinheiro, essa pessoa pode pleitear seu direito.
Na noite da terça-feira (17), Marcos Carneiro Lima pediu ao delegado da seccional de Taubaté, Ivahir Freitas Garcia Filho, um exame para saber se a pedagoga está, de fato, grávida. Mas, como ela não é obrigada a atender ao pedido, Lima afirmou que a polícia precisa buscar outras provas.

- Quando alguém se recusa a fazer o exame, não existe lei que o force. Aí a polícia tem que usar outras provas e quem decide é o juiz.

O advogado de Maria Verônica dos Santos afirmou que ela está em observação médica e que a orientação é para ela não se expor e repousar. De acordo com ele, o código de ética dos advogados não permite que ele fale ou não sob a suspeita, surgida no domingo após reportagem do Domingo Espetacular, de que ela não esteja grávida.


Ainda segundo o advogado, a grávida passou mal após ver uma matéria na televisão e, desde então, ele não tem conversado sobre mais detalhes do caso com sua cliente para preservá-la.









 Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta

ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos. Que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.